A obesidade é considerada a epidemia do século XXI e está associada a um conjunto de problemas físicos (e.g. diabetes) e psicossociais (e.g. baixa autoestima; isolamento social). Tem sido também identificada como um fator de risco para a obesidade e outras doenças na idade adulta.
Em Portugal, a prevalência de excesso de peso e obesidade aumentou nas últimas décadas, sendo considerado um dos países europeus com maior prevalência de obesidade infantil. Este facto reforça a necessidade de desenvolver programas de intervenção e prevenção eficazes no tratamento da obesidade infantil, que favoreçam o acompanhamento médico e psicológico, o envolvimento familiar e promovam comportamentos, hábitos e estilos de vida mais saudáveis.
Segundo a World Health Organization (2011), uma dieta saudável e um nível de atividade física adequado devem ser os principais alvos de mudança para um estilo de vida saudável. Neste sentido, o Grupo de Estudo de Perturbações Alimentares (GEPA) da Escola de Psicologia da Universidade do Minho desenvolveu um estudo que pretende intervir na obesidade infantil, através do uso das novas tecnologias de modo a promover a mudança comportamental.
Destinado a crianças com excesso de peso e obesidade com idades entre os 9 e os 15 anos de idade, o estudo Intervenção na obesidade infantil: Avaliação da eficácia de um programa com recurso a novas tecnologias pretende testar um programa inovador associado à intervenção na obesidade infantil. A implementação do programa de intervenção passa por utilizar mensagens escritas (SMS) com o objetivo de avaliar, monitorar e promover a motivação e adesão ao programa. Procura-se promover mudanças comportamentais ao nível da alimentação e da atividade física em crianças com excesso de peso e obesidade.