Marta Freitas Rosa, Sónia Gonçalves, investigadoras do Grupo de Estudos das Perturbações Alimentares da Unidade de Investigação Aplicada em Psicoterapia e Psicopatologia do CIPsi – Escola de Psicologia da Universidade do Minho, publicam, com Henedina Antunes, no Journal of Health Psychology. Neste artigo baseado na investigação do doutoramento realizado na Universidade do Minho pela primeira autora, são apresentados os resultados de um estudo que avaliou 370 adolescentes distribuídos por três grupos: a)205 adolescentes de Índice de Massa Corporal (IMC) normal recrutados aleatoriamente em três escolas publicas do 3º ciclo e/ou ensino secundário; b) 82 adolescentes da comunidade com excesso de peso/obesidade que não estavam a receber tratamento para controlo do peso, também recrutados em meio escolar; e c) 83 adolescentes com excesso de peso/obesidade em tratamento para redução do peso num Hospital Central (grupo clinico). Verificou-se que os três grupos não diferiram significativamente ao nível da psicopatologia e das competências emocionais. Todavia, encontraram-se diferenças ao nível do suporte social. O grupo comunitário com excesso de peso reportou menor satisfação com a amizade, e o grupo clínico reportou menor satisfação com o suporte íntimo e com as actividades sociais, quando comparados com o grupo de peso saudável. O suporte social apresentou um papel mediador na relação entre o IMC e a psicopatologia.
